Fábio Ramirez
Os professores das
universidades federais estão em estado de mobilização e podem entrar em greve
já no próximo dia 17. O estopim para a deflagração da provável greve foi o
descumprimento por parte do governo Dilma, via Ministério da Educação, agora
comandado pelo também petista Aloizio Mercadante, do acordo firmado em abril de
2011, no qual estabelecia até o dia 31 de março deste ano como prazo limite
para o governo reajustar os salários em 4% e aplicar a reestruturação da
Carreira Docente.
Os professores
reivindicam também, que o programa do governo de ampliação das universidades
federais, em curso, seja acompanhado da reestruturação dos antigos prédios e
equipação dos novos edifícios. Muitas universidades têm sido construídas ou
ampliadas somente com paredes e teto, sem laboratórios devidamente equipados,
bibliotecas atualizadas e assistência estudantil (como restaurantes universitários
e moradia estudantil).
Até o momento, cerca de
30 universidades já sinalizaram para a greve, através de suas seções sindicais.
Na pauta de mobilização
consta ainda o pedido de mais investimentos nos cursos de pós-graduação,
especialização, mestrado e doutorado. Segundo o Sindicato Nacional dos
Docentes, falta verba para o melhor desenvolvimento da produção científica. Por
isso criticam o modelo produtivista que contaminou a produção intelectual.
Através de mecanismos classificatórios, de forma mecânica é determinado quais
universidades ou setores receberão recursos para a ciência.
Na maior parte das
universidades a pesquisa esta a serviço de empresas e não da sociedade. As
instituições federais estão tomadas por fundações de "apoio" privado
e terceirizações. A categoria também cobra autonomia universitária, visto que
programas do governo como o Reuni e o Enade tem enquadrado ideologicamente os
currículos.
Companheira Dilma e
companheiro Mercadante, acordo tem que ser cumprido, pague o prometido já! Mais
verbas para a universidade, por uma educação pública, de qualidade e de fato
para todos!
Ramirez é estudante da UFMT e
militante da Juventude Marxista em Cuiabá-MT
Nenhum comentário:
Postar um comentário